Quem sou eu?


Sou um estudante de engenharia que gosta de poesia.
É isso mesmo! A minha engenharia gosta de poesia.
Pra lembrar o grande mestre Joaquim Cardozo (um grande poeta engenheiro, responsável pelos cálculos estruturais na construção Brasília e possuidor de uma riquíssima obra poética) e os avanços de suas metáforas tiradas das leis da física: ‘‘Harmonia do equilíbrio!/Cega dinâmica embaraçada entre linhas/De força magnética!/Em hélices seguindo e refletindo: dança de elétrons e prótons/Matéria-mater do mundo.’’

Tão apurado assim, um dia eu serei.
E o equilíbrio destes versos, eu pretendo seguir.
Em uma primeira visão, poderia ser isto muito simples, mas confesso que vivo sempre num dilema.
Por vezes sou muito mais um estudante de poesia que gosta de engenharia.
É... A minha poesia gosta de engenharia!
Tantas noites mal dormidas, lendo sobre deuses e heróis da antiguidade clássica, bem na véspera de provas matemáticas,
Tantos atrasos na faculdade eu sofro.
Sofro...
Uma total irresponsabilidade minha certamente,
Mas a poesia me persegue...
Como a praga da sarna segue aquele que não toma banho todo dia,
É um coça, coça, roça, roça, sem alívio...
que incomoda a todos que de mim se aproxima.

E por tais razões, é que escrevi estes versos:
“Meu Deus...
O que será de mim?
Da minha vida, meus poemas...”
Mas agora respondo:
Sei apenas do meu cantar neste instante
e a única água que me banharei e que beberei, será aquela brotada um dia
pelas patas de um equino alado.

A água que mata a sede da vida.
A vida, esta escrita enigmática...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eh ricardo...

siga os caminhos de Joaquim Cardozo que saberemos onde dará!

o problema é que, na época dele, nao se jubilava em quinze anos!!!

ah... comece a tomar banho senao vai passar sarna para todos se coçarem!

sucesso, Slote!