Realmente

Há sempre a dívida da metade do pre a percorrer o presente,
e a metade do p,
que se encaminha em meio ao silêncio
no centro da metade do pensamento
desde a gênese do nada,
Que você criou agora
sem nunca sair do lugar.

Realmente...

Finge você que se esqueceu de dar o recado,
pois não quero ver nem falar...

que o dia que isto acontecer vai ser assim,
de surpresa.
Quando a gente topar por ai.

- E O PRESENTE?
Não tô nem ai pra presente!
Não tenho dó.

Agora acalma –se:
Ao pres do presente
fico parado
meio doente,
no meio do ente.

Algum pretexto para este pretérito quase perfeito?
Venha até aqui a toa agora!
Já lhe disse que todos os momentos do mundo são poéticos?

Realmente...
E foi uma noite linda.
Adorei quando quis ir embora e você pediu que eu ficasse.
Você gosta da minha companhia
e eu gosto do seu cheiro.

Ricardo Abdala.

2 comentários:

Anônimo disse...

lindo.

Anônimo disse...

o importante é a nossa emocão sobre as coisas.